domingo, 14 de outubro de 2012

Qual poema de Drummond você é?


Faça o teste:
Qual poema de Drummond você é?





Responda ao teste supervisionado pelo professor doutor Ronaldo de Oliveira Batista, coordenador do Curso de Letras da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e veja com qual poema de Drummond você mais se parece.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Meu professor de literatura

Claudia Lage
Às vezes, eu costumava matar aula no colégio para ir ao cinema, outras vezes, vejam só, para ir à biblioteca da escola mesmo. Foi estranho quando, um dia, o meu professor de literatura da época me encontrou numa dessas vezes entre as estantes, procurando um livro. Naquela hora, na minha turma, era a aula dele. Por algum motivo, ele precisou deixar a sala e ir à biblioteca rapidamente. Teve um espanto ao me ver ali. Não sei se por que eu matava a sua aula, ou por que fazia isso na biblioteca, com um livro nas mãos. Ele me olhava e olhava o livro. Ia e voltava com os olhos, perplexo. Eu não soube, por um instante, se devia justificar a minha ausência na sala ou o fato de ter escolhido um lugar cheio de livros para faltar à aula de literatura. Quando enfim comecei a gaguejar alguma coisa, ele se afastou, transtornado, e saiu, mas não antes de olhar mais uma vez o livro que eu tinha nas mãos, com evidente ressentimento.
Eu havia cometido algum delito grave para aquele professor. O fundo em meu estômago dizia isso. Não podia ser só a aula. Outros alunos também a matavam de vez em quando, e ele depois lhes chamava à atenção com uma seriedade divertida e irônica. Nada de perplexidades constrangidas. Olhares graves e ressentidos. Aquela reação perturbadora ele havia reservado apenas para mim. Mas, tampouco, devia ser a biblioteca, ou era? O livro suava em minhas mãos, assumindo talvez a culpa. Levei-o para casa, apertando-o em meu peito. Éramos cúmplices, nós dois, de um ato horrível e misterioso contra o professor. Naquela noite, tive pesadelos. Os olhos do professor tomavam inteiramente o seu rosto, e me enfrentavam indignados e ofendidos.
Na aula seguinte, tentei me comportar da melhor maneira possível. Não passei o tempo olhando para a janela, como costumava fazer, em busca de um horizonte qualquer. Nem me distraí com rabiscos, desenhos e frases inúteis no caderno. Fixava o professor com atenção exagerada, tentando absorver e compreender tudo o que ele dizia sobre o estilo de época Arcadismo, anotando bucolismo e pastoralismo com caligrafia exemplar, e assentindo com a cabeça toda a vez que seus olhos passavam por mim e não me viam. Ao contrário do meu pesadelo, o professor não me olhava mais. Era dessa forma retraída que ele lidava com o ressentimento. Eu, por outro lado, assumia todas as culpas na medida em que ele silenciosamente me acusava. No corredor, evitava cruzar comigo, e se me via no pátio lendo um livro, como eu gostava de fazer, mudava de direção como se estivesse diante de um obstáculo intransponível. Era sempre à noite, na escuridão da insônia, que eu ruminava as atitudes do professor e repassava a matéria. Romantismo: nacionalismo, exaltação do eu. Realismo: racionalismo, crítica social. Não sei por que, naquele dia, eu achei que ele tremera um pouco durante a aula, a voz rasgando a garganta, ao dizer, crítica social.
Semanas depois, eu percebi: o professor não fazia mais a barba, engordava, e, como se não tivesse mais nada a fazer, envelhecia. Se antes não era alegre nem triste, agora não era, simplesmente. Entrava na sala de aula resignado, dizia algumas coisas, escrevia outras, para depois desaparecer. A sua apatia era tão grande que um dia ele deve ter se esquecido de que sua presença era aguardada e realmente desapareceu. “Viajou”, explicou a diretora, como se o fato de alguém ir de um lugar para o outro explicasse tudo. E assim os anos se passaram sem notícias do professor.
Nos encontramos anos depois, por acaso, numa livraria. Eu a frequentava sempre, e não sabia que, desde que entrei pela primeira vez ali, era observada pelo professor. Já sentia o livro suando em minhas mãos, quando ele me cumprimentou, perguntando se eu era eu, a sua aluna. Sim, confirmei. Ele me olhava e olhava o livro, como nosso constrangido encontro na biblioteca da escola. De repente, me abraçou, com uma gratidão que eu não pude entender. Mas, em seguida, o professor foi de uma claridade imprevista, de fechar os olhos. Uma de suas alegrias era me ver ali em sua livraria, ele disse. E sorriu, confirmando, sim, sou livreiro. E pegando um livro, levou-o ao peito. A capa sobre o coração, enquanto ele confirmava a satisfação de ver que eu continuava a gostar de ler, apesar de suas aulas. Aquele dia na biblioteca ressurgiu então entre nós. Me ver matar a aula de literatura para ler foi a gota d’água para o professor. Havia passado a noite anterior preparando uma aula de literatura, elencando, não poetas e escritores, seus textos e suas poesias, mas características, datas e nomes que os alunos não podiam deixar de saber, porque ia cair na prova, porque estava no currículo do semestre. Às vezes, conseguia uma aula ou outra para os textos, mas era pouco, muito pouco. Até me ver na biblioteca, o professor me julgava uma aluna desinteressada e desinteressante, daquelas que não se avista o futuro. Não me imaginava abrindo um livro, como podia supor que eu era uma leitora? Mas eu era, e, para ele, havia sido como um marido, que sempre considerara a esposa frígida, descobrir que ela tem um amante. Eu, que já tinha idade e altura para sorrir dessa imagem, sorri, profundamente feliz. O professor abraçava o livro, apaixonado. Contou que um dia, se levantou da cama, se arrumou para ir trabalhar, saiu de casa, mas, em vez de ir à escola, foi para uma livraria. No dia seguinte, pediu demissão. Juntou dinheiro, conseguiu um empréstimo e abriu uma pequena livraria, que se expandira em outras. “Eu queria estar perto dos livros”, explicou. “Antes, eu achava que podia ser professor de literatura impunemente”, disse. O professor entrara na escola cheio de esperanças de mudar o modo em que é feito o ensino da literatura, de driblar, dia a dia, o sistema. Mas foi ao contrário, era o sistema que estava, pouco a pouco, mudando o professor, encurralando-o numa sala escura. “Até te ver na biblioteca, eu não tinha a real consciência da dimensão do que eu fazia. A cada aula, eu matava um livro. A cada aula, um leitor morria.”
A escritora Claudia Lage é formada em literatura e dedicou muito tempo ao teatro. Autora, entre outros, do romance Mundos de Eufrásia.
Texto publicado no jornal Rascunho, em março de 2011. Disponível em http://rascunho.gazetadopovo.com.br/o-meu-professor-de-literatura.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Cursos Técnicos a Distância - IFRJ

Oportunidade!!..





Inscrições Abertas o dia 19 de outubro de 2012 e deverão ser efetuadas, exclusivamente via Internet! Aproveitem!
Edital no site: http://www.ifrj.edu.br/
Link direto ao edital: http://www.ifrj.edu.br/webfm_send/3612

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

O blog como ferramenta educacional



Esse foi meu trabalho do curso FCTEWeb   Módulo 1

Disponível em:  https://docs.google.com/document/d/1bsvtOQCMTNB-mgracuQCFFvTjjvN0n0azXnlJ11wkuk/edit



Utilização do blog como ferramenta educacional nas aulas de Língua estrangeira
1)      Descreva sua atividade educacional definindo:

·         Tema central da atividade educacional
Utilização do blog como ferramenta colaborativa

·         Objetivos de aprendizagem:
    Promover o ensino-aprendizagem de forma colaborativa
    Utilizar as mídias
    Produzir a interação entre os alunos

·         Segmento de ensino:
Ensino Médio

·         Ferramentas web 2.0 que serão utilizadas:
Blog,  webquest

·         Metodologia de aplicação:
    1º passo:
    A turma será dividida em grupos de quatro componentes, cada grupo criará um blog pessoal e compartilhará o endereço com os demais. Devem fazer um texto de boas-vindas e comentar nos blogs dos colegas.

    2º passo:
    Como primeira tarefa realizar a webquest “ Os Mochileiros “ e postar o resultado da pesquisa no blog do grupo para que os outros comentem.
    Disponível em:    http://lidgb.vilabol.uol.com.br/#INTRODU%C3%87%C3%83O   
   
·         Forma de avaliação:
    As atividades postadas serão avaliadas no decorrer do bimestre de acordo com as propostas da webquest.

·         Cronograma:
As atividades serão realizadas durante o 1º bimestre de 2013.

·         Material de apoio: referências bibliográficas, sites da internet, etc.
    Vídeos
Como criar um blog

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

3º Seminário de Educação e Tecnologia

O 3º Seminário de Educação e Tecnologia tem como objetivo promover momentos de formação, estudo e aprendizagem através de práticas tecnológicas e pedagógicas, visando aprimorar o trabalho desenvolvido em sala de aula com a utilização dos classmates. Ao reunir renomados pesquisadores no âmbito da Tecnologia Educacional, o evento pretende apontar as novas tendências para a Educação, que hoje tem como desafio principal atender as expectativas dos nossos alunos, ampliando atividades, disponibilizando reforços da aprendizagem através do atendimento em horário integral, em busca da Educação Integral.
Clique aqui e conheça a programação. Faça sua inscrição.

terça-feira, 10 de julho de 2012

As Mídias nas aulas de Língua Inglesa

Uma vitória!!!  :)

Relato de experiência publicado na Revista Tecnologias na Educação.

http://tecnologiasnaeducacao.pro.br/?page_id=325
Revista Tecnologias na Educação

Agradeço, principalmente aos meus alunos pela dedicação e empenho.

Teacher  Lidiane  Barbosa

segunda-feira, 25 de junho de 2012

... e os modernos tempos...

Vendo TV no sábado de manhã

Alexandre Amorim
Sábado, dez horas da manhã. Tempo meio chuvoso. O pai está com o filho, os dois sentados no sofá, tomando um suco de laranja e vendo TV. O filho já tem 10 anos, mas ainda gosta bastante de ver desenhos.
– Por que eles falam desse jeito tão diferente no desenho, filho?
– Diferente, como?
– A gente não fala assim: “Investigaremos o esconderijo do Green-Slime”.
– Como a gente fala?
– Fala assim: “A gente tem que achar onde o Melecão se esconde”. Ninguém usa “investigar” ou “esconderijo”, nem conjuga a primeira pessoa do plural enquanto conversa. E nem fala o nome todo da pessoa.
– Você às vezes me chama de João Ricardo.
– Só quando vou te dar bronca.
– Ah, é. “Slime” é melecão, em inglês?
– É quase. Aliás, por que todos os desenhos têm nome em inglês, hoje?
– Bob Esponja não tem. E todos eles são americanos, por isso os nomes são em inglês.
– Mas podiam traduzir, né?
– Assim sem tradução é bom, a gente aprende inglês mais rápido.
– E quem não quer aprender inglês?
– Vai viver na Lua. Ou na China.
– Ou em Cuba, né, meu filhinho capitalista?
– Que que é isso?
– Nada. Aqui no Brasil fazem coisas muito boas pra crianças.
– Lá vem você falar do Sítio do Picapau Amarelo, de novo.
– É a melhor obra infantil do mundo!
– Você já leu todas?
– Deixa de ser bobo. Isso é modo de falar.
– Bobo é você, que não gosta de americano, nem quer me levar pra Disney.
– Tem muito lugar no Brasil melhor do que a Disney.
– E nesses lugares tem o Epcot? Tem o Mickey?
– Nesses lugares tem rios, praias, tamanduá-bandeira, onça, lobo-guará...
– É, deve ser legal. Vamos, nas férias?
– Claro!
– E aí, nas outras férias, vamos pra Disney?
– É longe, filho.
– Tem avião, pai. Você tem medo?
– Um pouquinho.
– Então posso ir com o Gabriel? Ele vai com o pai dele.
– Vamos ver, vamos ver.
– Vamos ver, na sua língua, quer dizer: “não”.
– Filho, não tem desenho melhor passando em outro canal, não?
– Ah, não muda, não! Esse é o desenho que eu mais gosto.
– Antigamente tinha Papa-Léguas, Corrida Maluca...
– É, devia ser ótimo. Por que você não gravou?
– Não tinha videocassete.
– O que é videocassete?
– Não tinha como gravar, João.
– Como assim?
– Só tinha TV, não tinha DVD, pendrive, internet, celular, iPad.
– O mundo era em preto e branco...
– Deixa de gracinha. Era muito melhor naquela época.
– Eu acho hoje melhor.
– Você não pode saber, você não viveu naquela época.
– E você não é criança, hoje.
– Aproveita, filho. Depois dá uma saudade danada. Muda tudo, a gente não consegue mais entender direito as coisas que os filhos gostam.
– Mas a gente não precisa brigar por causa disso.
– OK, meu filho. Não discutiremos por isso.
– Você falou OK, de americano. E ainda usou esse “discutiremos” esquisito, aí. Parece personagem de desenho.
– João, vou te ensinar um negócio do meu tempo...
– O quê?
– Vai ver se eu tô lá na esquina.
– ?
Publicado em 19/06/2012

http://www.educacaopublica.rj.gov.br/index.htm

domingo, 24 de junho de 2012

Professor "blogueiro"


NOTICIA

Professor "blogueiro"

03/08/2007
Razões para criar um blog e usá-lo como aliado em sala de aula

Para ler clique aqui

terça-feira, 19 de junho de 2012

Por que utilizar o Blog na Educação?




Curso de Especialização em Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância
Módulo III Ambientes Virtuais e Mídias de Comunicação
Pólo: Pirai
Número do grupo: 15
Aluno: Lidiane  Gonçalves  Barbosa
Tutor: Marisa Werneck Arenari
Tarefa: Semana 4



O Blog como ferramenta  educacional
Os Blogs são um espaço autoral que permitem publicação de conteúdos, que podem ser construídos cooperativamente, ou seja, os usuários podem criar narrativas, poemas, análise de obras literárias, dar opinião sobre atualidades, desenvolver relatórios de visitas e excursões de estudos, podem construir produtos, tais como desenhos, imagens e vídeos.

Objetivos de aprendizagem:
  • Publicar conteúdos e imagens;
  • Construir projetos coletivamente que envolvam a divulgação de opiniões do grupo e de outras pessoas;
  • Promover a interação entre os grupos e a aprendizagem colaborativa;

Objetos de aprendizagem:   vídeos, textos, comentários

Roteiro de atividades:
1.       Assistir aos vídeos
2.       Ler os textos 
3.       Construir um blog pessoal para relato de experiência
4.       Visitar o blog dos colegas e postar comentários


Videos:


A importância do Blog na educação


Onde criar seu blog gratuito:



Como criar um Blog


Referências:
Vídeos
A importância do blog na educação
Como criar um blog

Textos
 Aula 4a – Ferramentas da Web 2.0 e as Comunidades de Prática
Rosa Maria E. M. da Costa, Vânia Marins

Marinho,  Simão Pedro P (2007), Blog na educação e manual básico do blogger, em

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Ferramentas da Web 2.0




Construção Coletiva do Conhecimento
Web como plataforma de utilização
Web 2.0 = Atitude 
Serviços Gratuitos
Comunidades de Práticas
Abordagem sócio-interacionista

sábado, 9 de junho de 2012

Inglês com Música... A forma divertida de aprender inglês na sua televisão.


Olá galera,

A 4ª temporada do Inglês com música, está recheada de grandes sucessos pra você.

Você não vai perder né?

Confira os Horários:

UNIVESP TV- canal 2.2

Segunda a Sexta às 18h00, com reapresentação às 8h45, 14h00, e 21h00.
Sábado às 14h00;
Reapresentação aos Domingos às 8h00 e 15h00.

TV CULTURA

Segunda a Sexta às 19h45;
Sábado às 14h00.

É isso aí. Aproveite e curta a página nas redes sociais.

Facebook: Inglês com Música OFICIAL
Orkut: Inglês com Música OFICIAL
Twitter: @ingles_musica

Acesse também nosso Blog. Lá você encontra os vídeos já exibidos, trava-línguas e as letras corrigidas pela teacher Marisa Leite de Barros.


sexta-feira, 1 de junho de 2012

PROGRAMA JOVENS EMBAIXADORES 2013

        PROGRAMA JOVENS EMBAIXADORES 2013

Este Programa é uma parceria com a Embaixada Americana que oferece um intercâmbio de três semanas nos Estados Unidos para estudantes brasileiros de destaque na rede pública, que possuem atitude positiva, são voluntários em suas comunidades e falam inglês.
A viagem dos escolhidos acontece em janeiro – a primeira semana em Washington, DC, visitando escolas, projetos sociais e, também, participando em oficinas de liderança. Em seguida, divididos em subgrupos, os JEs viajam para outras partes dos EUA, onde são hospedados por uma família americana, assistem a aulas em escolas de Ensino Médio, participam de atividades de voluntariado e fazem apresentações sobre o Brasil.

 

Pré-requisitos para a inscrição no Programa:

•Ter entre 15 e 18 anos (candidatos não poderão ter mais de 18 ou menos de 15 na data da viagem);
•Ser aluno do Ensino Médio na rede pública;
•Jamais ter viajado para os Estados Unidos;
•Ter excelente desempenho escolar;
•Estar engajado por pelo menos um ano em atividades de responsabilidade social/voluntariado;
•Ter boa fluência oral e escrita em inglês;
•Ter perfil de liderança, iniciativa e boa desenvoltura oral;
•Pertencer à camada socioeconômica menos favorecida.
 
Abaixo, seguem materiais utilizados na OT. Para baixá-los, basta um clique sobre eles:
Divulguem para seus alunos!!! Não deixem que eles percam esta oportunidade!!!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Formação Continuada de Professores da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro:


Processo Seletivo


Veja o edital sobre os Cursos de Formação Continuada de Professores da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro

Aguarde as Inscrições em 01/06

 

Mais informações  aqui